A circulação intensificada de vírus respiratórios em Mato Grosso do Sul levou à retomada de medidas preventivas nas escolas e à adoção de ações emergenciais em diversas cidades do Estado. A Secretaria de Estado de Educação (SED) emitiu uma nota recomendando o uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social para conter o aumento de casos de gripe e síndrome respiratória aguda grave (Srag) entre crianças e adolescentes na Rede Estadual de Ensino (REE).
O alerta segue o Alerta Epidemiológico nº 19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que destaca o aumento de casos de Srag, com níveis de incidência de moderado a muito alto, sobretudo durante os meses mais frios do ano. Em Corumbá, segunda cidade com maior número de notificações, as aulas da rede municipal foram suspensas, afetando 15 mil estudantes.
Superlotação e vacinação intensificada
Hospitais em Campo Grande e em outras cidades enfrentam superlotação, especialmente nas alas pediátricas. Para aliviar a pressão, a prefeitura de Campo Grande anunciou a ampliação do número de leitos em unidades filantrópicas e a intensificação das campanhas de vacinação contra a influenza.
A vacinação, apontada como a medida mais eficaz para prevenir complicações respiratórias, foi ampliada para toda a população a partir de 6 meses de idade. Em uma unidade de saúde no centro de Campo Grande, o atendimento saltou de 300 para mais de 500 aplicações diárias após a liberação para todos os públicos.
Emergência de saúde pública
A situação é considerada emergencial pela secretária municipal de Saúde, Rosana Leite Melo. “Temos um déficit de leitos e estamos enfrentando uma emergência de vírus respiratórios que agravam as doenças respiratórias”, afirmou.
Além do aumento de casos e da superlotação, há o desafio de evitar o desperdício de vacinas. Em 2024, Campo Grande descartou mais de 70 mil doses por baixa adesão, cenário que as autoridades esperam evitar neste ano com estratégias de ampliação da cobertura vacinal.
Com a intensificação de medidas preventivas e a mobilização para ampliar a vacinação, as autoridades de saúde esperam frear o avanço das doenças respiratórias e aliviar o sistema de saúde em Mato Grosso do Sul.
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*Com informações Correio do Estado