Enquanto Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, cumpre agenda na China, e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, está nos Estados Unidos, a oposição avança em pautas que desafiam diretamente os interesses do governo. Entre elas, a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no INSS, que deve ser protocolada nesta segunda-feira (12).
Com 34 senadores e 218 deputados já assinando o requerimento, a oposição supera os números mínimos para abrir a CPMI — 27 senadores e 171 deputados. Apesar da ofensiva governista para retirar apoios, lideranças, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), seguem firmes na coleta de assinaturas. Agora, o desafio será o aval de Alcolumbre, cuja posição ainda é incerta.
Além da CPMI, a oposição também busca acelerar o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Na Câmara, o Partido Liberal protocolou pedido de urgência, com 264 assinaturas, mas Hugo Motta adiou a análise do requerimento, gerando insatisfação entre opositores.
Por outro lado, Motta deu sinais de flexibilidade ao pautar o pedido de suspensão da ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ), acusado pelo STF de envolvimento em plano golpista. A decisão foi vista como um aceno ao grupo oposicionista.
A articulação da oposição durante a ausência dos principais líderes do Congresso demonstra que o clima político em Brasília está longe de ser pacífico. Com a próxima sessão conjunta prevista apenas para 27 de maio, Alcolumbre e Motta enfrentarão um cenário explosivo ao retornarem.
Os próximos passos da oposição, especialmente no avanço da CPMI e na anistia, prometem testar os limites da base governista e aumentar a pressão sobre os líderes do Congresso, que estarão no centro de decisões estratégicas que podem mudar os rumos políticos do país.
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*Com informações CNN