Quarta, 03 de Setembro de 2025
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Sob pressão, Riedel adia decisão sobre permanência no PSDB em meio à disputa por seu apoio

Propostas do PSD, PL, Republicanos e “superfederação” colocam governador de MS no centro de articulações políticas para 2026

12/05/2025 às 11h11
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A movimentação partidária no cenário nacional ganhou novos contornos com a saída de Eduardo Leite do PSDB para o PSD, aumentando a pressão sobre o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. Embora tenha declarado recentemente que não pretende deixar o partido tucano, seu silêncio em meio às articulações reforça as especulações sobre uma possível mudança.

Fontes próximas ao governo estadual indicam que Riedel tem recebido propostas de pelo menos quatro grandes legendas: o PSD, do articulador político Gilberto Kassab; o PL, liderado por Valdemar Costa Neto; o Republicanos, do governador paulista Tarcísio de Freitas; e a “superfederação” formada pelo PP, da senadora Tereza Cristina, e pelo União Brasil.

Cenários em disputa
Entre as opções apresentadas ao governador, a “superfederação” se destaca pelo poder de fogo eleitoral, oferecendo maior tempo de propaganda e um Fundo Eleitoral robusto, superior a R$ 1 bilhão. Além disso, a relação próxima de Riedel com Tereza Cristina pode facilitar a decisão, que ambos compartilham alinhamentos políticos e pessoais.

O PSD, por outro lado, tem capitalizado sua estratégia de atração de lideranças ao conquistar Eduardo Leite e Raquel Lyra, além de manter diálogo constante com Riedel. Para Kassab, trazer o governador sul-mato-grossense seria o fechamento de um ciclo estratégico de fortalecimento da sigla.

No Republicanos, a aproximação entre Riedel e Tarcísio de Freitas nos últimos meses tem rendido convites formais para que ele se junte à legenda. Contudo, o cenário se complicou com o afastamento do partido de uma possível federação com o PSDB, reduzindo as chances de uma transição suave.

o PL, com forte apoio de Jair Bolsonaro e Rogério Marinho, aposta em uma articulação direta. Um encontro agendado para o dia 21, em Brasília, pode ser o momento decisivo para que o governador decida seu futuro partidário.

Indefinições e timing estratégico
Apesar das intensas articulações, Riedel parece adotar uma postura cautelosa. Durante evento na UFMS, ele negou categoricamente rumores sobre uma eventual saída do PSDB. Entretanto, aliados destacam que sua posição pode mudar conforme as negociações avancem.

Nos próximos dias, o governador embarca para os Estados Unidos, onde participará de encontros com empresários. Sua decisão final sobre o rumo político deverá ser anunciada somente após seu retorno, mas o tempo corre contra ele, que a permanência no PSDB se torna cada vez mais insustentável diante das disputas internas e externas.

Assim, enquanto Riedel mantém silêncio, as especulações crescem, reforçando a imagem de um político que, mesmo cauteloso, está no centro das atenções e das estratégias para as eleições de 2026.

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*Com informações Correio do Estado

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