O PSB de Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário desafiador para as próximas eleições, com grandes dificuldades para manter sua relevância no Estado. Enquanto a sigla trabalha a nível nacional pela formação de uma federação com o Cidadania, essa união não desperta grande entusiasmo nas lideranças locais, que aguardam ansiosamente os desdobramentos da política partidária para definir seus rumos.
O comandante do PSB no Estado, deputado estadual Paulo Duarte, permanece em dúvida sobre o futuro da sigla em Mato Grosso do Sul. Com seu mandato previsto para terminar em 2026, ele tem a possibilidade de deixar o partido durante a janela partidária e migrar para outra legenda, o que pode ser uma saída estratégica, dado o enfraquecimento da sigla local.
Em contraste, o presidente do partido em Campo Grande, vereador Carlão, está em uma posição mais delicada. Embora tenha interesse em disputar as próximas eleições, a dificuldade do PSB em montar uma chapa competitiva pode impedi-lo de seguir adiante. Nas últimas eleições, o PSB já sofreu ao não conseguir eleger um deputado estadual, apesar de um apoio judicial que beneficiou a sigla.
O PSB se beneficiou de uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral que invalidou os votos do PRTB por descumprir a cota de gênero. Isso reduziu o quociente eleitoral, permitindo que o PSB atingisse a quantidade mínima de votos necessários para eleger Paulo Duarte, garantindo sua vaga na Assembleia Legislativa. No entanto, a sigla parece distante de repetir esse feito em 2026.
A saída de Paulo Duarte do PSB não é descartada, especialmente com sua proximidade com o grupo do governador Eduardo Riedel (PSDB). Ele deve seguir os passos do governador e migrar para um partido aliado, o que pode enfraquecer ainda mais o PSB em Mato Grosso do Sul. O PSB também conquistou a prefeitura de Corumbá com o prefeito Dr. Gabriel, que, segundo fontes, pode deixar o partido a qualquer momento.
Por outro lado, Carlão e outros 16 vereadores têm uma janela de saída prevista para 2028, o que limita suas opções de movimentação imediata. Eles, no entanto, torcem por uma fusão com outra sigla, uma possibilidade que traria maior flexibilidade para a saída.
A aposta de alguns membros do PSB no crescimento do partido com a ascensão de Geraldo Alckmin (PSB) à vice-presidência não se concretizou, e essa frustração contribuiu para o ceticismo quanto às perspectivas de expansão e fortalecimento da sigla.
Em nível nacional, o presidente do Cidadania, Comte Bittencourt, confirmou que há discussões em andamento sobre uma possível federação com o PSB. No entanto, até o momento, as perspectivas para 2026 não são animadoras para a sigla em Mato Grosso do Sul. A federação entre o PSB e o Cidadania, caso ocorra, provavelmente não mudará muito a situação do PSB local, uma vez que o Cidadania tem uma representatividade modesta em comparação à força do PSB na Câmara Federal. Juntas, as siglas teriam mais tempo de televisão e recursos financeiros, mas o impacto dessa união em Mato Grosso do Sul permanece incerto.
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*Com informações Investiga MS