O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) vai julgar, na próxima terça-feira (20), o recurso apresentado pelo PDT e PSDC contra a chapa vencedora das eleições municipais de 2024 na Capital — a prefeita Adriane Lopes (PP) e sua vice, Camilla Nascimento (Avante).
A ação, que já foi rejeitada em primeira instância, acusa as candidatas de abuso do poder político e econômico, com base no suposto uso indevido de influência em igrejas evangélicas durante a campanha, além de apontar a compra de votos como fator determinante para a vitória.
Segundo os partidos, Adriane teria se beneficiado de uma rede organizada de pastores e líderes religiosos que, além de estarem inseridos na folha da Prefeitura, teriam atuado como cabos eleitorais dentro dos templos, influenciando eleitores e comprometendo a liberdade do voto.
Por outro lado, a defesa alega que a presença da prefeita em eventos religiosos é antiga e legítima, destacando que o apoio de líderes evangélicos é natural e não configura abuso. Também rejeita as acusações de irregularidades eleitorais, afirmando que não há provas concretas de uso indevido de recursos públicos ou coerção aos fiéis.
O juiz da primeira instância reconheceu indícios de compra de votos em bairros periféricos da cidade, porém concluiu que não havia provas suficientes para imputar responsabilidade direta à prefeita e sua vice, mantendo assim a validade da eleição.
No parecer enviado ao TRE, o procurador regional eleitoral concordou que as provas indicam captação ilícita de sufrágio, sugerindo a cassação dos mandatos e inelegibilidade das investigadas por oito anos, além de multa eleitoral.
O julgamento no TRE-MS será crucial para definir o futuro político de Adriane Lopes e Camilla Nascimento, enquanto acende um alerta para o papel da influência religiosa nas disputas eleitorais locais.
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*Com informações Investiga MS