Uma correção integral da tabela do Imposto de Renda (IR) não está nos planos do governo federal. Segundo Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, a medida seria "inviável", com um custo estimado superior a R$ 100 bilhões. Em vez disso, a proposta prioriza isentar salários até R$ 5 mil mensais, reduzindo o impacto financeiro para R$ 25 bilhões.
Para compensar a perda de arrecadação, o governo pretende criar um imposto mínimo de 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. “Corrigir a tabela toda custaria mais de R$ 100 bilhões, e não temos condições de fazer isso nesse momento”, justificou o secretário durante audiência na Câmara dos Deputados, em uma comissão especial que debate a proposta.
A iniciativa, promessa de campanha do presidente Lula, enfrenta resistências. Partidos como o PP sugerem alternativas, como elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 5% para bancos com lucros acima de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, o relator Arthur Lira (PP-AL) trabalha para costurar um acordo que viabilize a aprovação do projeto.
A proposta inclui também uma redução gradativa do IR para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. No entanto, a compensação financeira segue como ponto de divergência, refletindo o desafio de equilibrar justiça tributária com a saúde fiscal do país.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações CNN