Sábado, 07 de Junho de 2025

Feminicídio escancara barbaridade: Graciane é a 12ª mulher assassinada em MS em 2025

Violência doméstica segue aterrorizando mulheres no estado, sem respostas efetivas das autoridades

26/05/2025 às 09h38
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul registrou mais um caso de feminicídio neste domingo (25). Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, faleceu após quatro dias internada devido às agressões sofridas pelo marido, em Angélica, município a 276 km de Campo Grande. O caso eleva para 12 o número de mulheres assassinadas no estado em 2025 por conta de violência de gênero.

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Graciane foi internada no Hospital ABA (Associação Beneficente Angélica) na última quarta-feira (21), após ser agredida continuamente entre os dias 17 e 21 de maio. Segundo relatos, a vítima sofreu chutes no abdômen, ombros e costas enquanto estava em casa. O proprietário do imóvel a socorreu e a levou para atendimento médico.

Apesar dos esforços médicos em Angélica, a gravidade dos ferimentos exigiu sua transferência para o Hospital Regional de Nova Andradina, onde não resistiu. A vítima chegou a relatar à polícia que era constantemente agredida pelo companheiro.

O suspeito, que se apresentou à delegacia no dia seguinte ao início das investigações, negou as agressões. A Polícia Civil aguarda o laudo necroscópico e conduz diligências para apurar o caso. A prisão temporária do acusado é esperada.

Números alarmantes e a busca por soluções

Este caso ocorre apenas dois dias após o feminicídio de Olizandra Vera Cano, de 26 anos, assassinada a facadas pelo marido em Coronel Sapucaia, em 23 de maio. Desde o início do ano, os casos têm se espalhado por várias cidades do estado, destacando a urgência de políticas públicas mais eficazes no combate à violência contra a mulher.

Onde buscar ajuda em MS

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Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira é um ponto de referência para apoio às vítimas. Localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, a unidade funciona 24 horas por dia, incluindo finais de semana. O local oferece assistência social, psicológica, jurídica e serviços de proteção, como a Patrulha Maria da Penha e abrigo para mulheres em situação de risco.

O serviço pode ser acionado pelo telefone 153. A conscientização e o acesso a esses recursos são essenciais para evitar que mais histórias terminem de forma trágica como a de Graciane.

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*Com informações Midiamax

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