A mais recente ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reacende o debate sobre o que aliados do deputado chamam de perseguição ao bolsonarismo. Ministros da Corte consideram praticamente certa a condenação do parlamentar, acusado de coagir membros do tribunal com declarações sobre possíveis sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.
O inquérito, solicitado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, menciona postagens e entrevistas nas quais Eduardo teria associado sanções internacionais ao avanço das investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e à tentativa de golpe. Para aliados, o caso é mais um exemplo do uso seletivo da Justiça para enfraquecer figuras da oposição.
As acusações contra Eduardo Bolsonaro foram classificadas como uma tentativa de intimidação. O deputado reagiu ao processo, afirmando que sua ausência do Brasil é motivada pela perseguição política que enfrenta.
– Só volto ao Brasil quando Alexandre de Moraes estiver sancionado. Não posso aceitar uma pena absurda de 12 anos como querem impor. Estão tentando me calar! – declarou Eduardo.
A base bolsonarista critica o ritmo acelerado do STF na condução do caso e alerta para o impacto nas relações entre Legislativo e Judiciário. Parlamentares do PL e de outros partidos de oposição acusam a Corte de extrapolar suas competências e de agir como um ator político.
Eduardo Bolsonaro intensificou sua retórica ao celebrar a possibilidade de sanções dos EUA contra Moraes, sugeridas pelo chefe do Departamento de Estado, Marco Rubio. O deputado foi além, propondo restrições financeiras e de vistos ao ministro e alertando autoridades para que "não se envolvam" no caso.
"Qualquer um que se relacione com Moraes também ficará sujeito às mesmas punições. É uma mensagem clara", afirmou Eduardo, em entrevista.
A investigação contra Eduardo é vista como mais um movimento do STF em sua batalha contra o bolsonarismo. Os ministros justificam o inquérito como resposta às supostas ameaças, mas críticos apontam a iniciativa como uma tentativa de silenciar opositores.
Enquanto isso, Eduardo reforça sua resistência, marcando uma linha de confronto direto com o Judiciário. O desfecho do caso pode intensificar ainda mais as divisões no país, transformando o episódio em um símbolo da crise entre os poderes.
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*Com informações O Globo