Sábado, 07 de Junho de 2025

Operação Tromper volta a mirar Claudinho Serra e expõe novas camadas de corrupção em Sidrolândia

Esquema milionário na prefeitura envolve fraudes, delações e mantém ex-vereador sob monitoramento eletrônico

05/06/2025 às 08h34
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Wesley Ortiz
Foto: Wesley Ortiz

A manhã desta quinta-feira (5) foi marcada por nova movimentação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), que investiga um sofisticado esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia. Entre os principais alvos da Operação Tromper está o ex-vereador Claudinho Serra (PSDB), apontado como líder do esquema.

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Em Campo Grande, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na residência de Serra, enquanto outra ação foi conduzida em Sidrolândia. As operações buscam ampliar as provas já levantadas nas três fases da Tromper, que desde 2021 têm revelado uma rede de desvio de recursos públicos envolvendo contratos fraudulentos e notas fiscais frias.

Investigação com novas descobertas

Claudinho Serra, que também ocupou o cargo de secretário de Fazenda durante o mandato de sua sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo, é acusado de comandar um esquema que beneficiava empresários, servidores públicos e políticos. De acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), contratos superfaturados garantiam repasses mensais a integrantes do esquema, com porcentuais que variavam de 10% a 30% dos valores totais.

Delações premiadas, como a do ex-servidor Tiago Basso da Silva, detalham fraudes em setores essenciais, incluindo o Cemitério Municipal, o abastecimento de veículos da frota pública e a Fundação Indígena. Além disso, o processo judicial da operação já acumula mais de 7 mil páginas, evidenciando a complexidade do caso.

Monitoramento e entraves judiciais

Apesar de argumentos apresentados pela defesa de Serra, como desconforto causado pelo uso da tornozeleira eletrônica, a Justiça mantém a medida cautelar, reforçando a necessidade de vigilância. "O desconforto pessoal não pode se sobrepor à necessidade de cumprimento das determinações judiciais", declarou a juíza Larissa Ribeiro Fiuza.

O ex-vereador e outros cinco réus continuarão monitorados até, pelo menos, novembro, enquanto a Justiça avalia os desdobramentos do processo. Além disso, novos desdobramentos da Tromper podem trazer à tona mais detalhes de como funcionava o esquema que desviou milhões dos cofres públicos.

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*Com informações Midiamax

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