Mato Grosso do Sul amarga o pior lugar do Brasil em feminicídios, com a taxa mais alta do país: 12,6 casos para cada 100 mil mulheres, segundo levantamento do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios) relativo a 2024. Enquanto a violência cresce, as vítimas continuam a se multiplicar — e o estado amarga números que assustam e exigem ação urgente.
Casos recentes chocam a população: em Campo Grande, Vanessa Eugênia e sua filha de apenas 10 meses, Sophie, foram brutalmente assassinadas em maio. Em Corumbá, a morte de Eliane Guanes após ter o corpo queimado reforça a violência extrema que assola as mulheres sul-mato-grossenses.
A escalada da violência não poupa ninguém. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, só nos primeiros cinco meses de 2025 foram registrados 13 feminicídios. A capital concentra parte significativa desse índice, com três mulheres assassinadas, enquanto o interior também sofre com dez casos.
O perfil dos crimes é ainda mais assustador: facas e canivetes são as armas preferidas dos agressores, utilizadas em 774 assassinatos consumados, seguidas por armas de fogo, com 391 registros. Os fins de semana concentram a maior parte das tragédias, especialmente aos domingos.
Para combater essa realidade cruel, Mato Grosso do Sul oferece à população a Casa da Mulher Brasileira, que funciona 24 horas em Campo Grande, oferecendo assistência jurídica, psicológica, social e abrigo para mulheres em situação de risco. Além disso, a Patrulha Maria da Penha e a Guarda Municipal atuam no enfrentamento da violência.
Apesar dos serviços, os números evidenciam a urgência de políticas públicas eficazes e um compromisso real para proteger a vida das mulheres e frear esse ciclo brutal de feminicídios que transformou Mato Grosso do Sul no triste líder nacional dessa violência.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone 153. A vida das mulheres depende da mobilização de toda a sociedade.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informaçoes Midiamax