Segunda, 09 de Junho de 2025

Mato Grosso do Sul no topo da tragédia: líder nacional em feminicídios

Estado registra a maior taxa do país e vive crise crescente de violência contra mulheres

09/06/2025 às 09h36
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul amarga o pior lugar do Brasil em feminicídios, com a taxa mais alta do país: 12,6 casos para cada 100 mil mulheres, segundo levantamento do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios) relativo a 2024. Enquanto a violência cresce, as vítimas continuam a se multiplicar — e o estado amarga números que assustam e exigem ação urgente.

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Casos recentes chocam a população: em Campo Grande, Vanessa Eugênia e sua filha de apenas 10 meses, Sophie, foram brutalmente assassinadas em maio. Em Corumbá, a morte de Eliane Guanes após ter o corpo queimado reforça a violência extrema que assola as mulheres sul-mato-grossenses.

A escalada da violência não poupa ninguém. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, só nos primeiros cinco meses de 2025 foram registrados 13 feminicídios. A capital concentra parte significativa desse índice, com três mulheres assassinadas, enquanto o interior também sofre com dez casos.

O perfil dos crimes é ainda mais assustador: facas e canivetes são as armas preferidas dos agressores, utilizadas em 774 assassinatos consumados, seguidas por armas de fogo, com 391 registros. Os fins de semana concentram a maior parte das tragédias, especialmente aos domingos.

Para combater essa realidade cruel, Mato Grosso do Sul oferece à população a Casa da Mulher Brasileira, que funciona 24 horas em Campo Grande, oferecendo assistência jurídica, psicológica, social e abrigo para mulheres em situação de risco. Além disso, a Patrulha Maria da Penha e a Guarda Municipal atuam no enfrentamento da violência.

Apesar dos serviços, os números evidenciam a urgência de políticas públicas eficazes e um compromisso real para proteger a vida das mulheres e frear esse ciclo brutal de feminicídios que transformou Mato Grosso do Sul no triste líder nacional dessa violência.

Denúncias podem ser feitas pelo telefone 153. A vida das mulheres depende da mobilização de toda a sociedade.

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