A partir de agosto, o Sistema Único de Saúde (SUS) contará com um reforço inédito: atendimentos realizados em hospitais privados e filantrópicos. A novidade faz parte do programa “Agora Tem Especialistas”, anunciado pelo governo federal nesta terça-feira (24), que tem como objetivo reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, enfrentando um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a proposta utiliza dívidas de hospitais privados com o poder público como moeda para financiar os atendimentos. “Queremos transformar valores que não seriam recuperados em cuidados concretos para a população. É uma forma de usar o que já existe de infraestrutura, mas está subutilizada, para cuidar da saúde dos brasileiros”, destacou.
O programa priorizará instituições que já possuem histórico de atendimento ao SUS, especialmente aquelas com programas de residência médica. Além disso, será implantado um painel nacional que reunirá informações sobre filas de espera e a capacidade de atendimento de cada hospital.
“O painel nacional vai mapear onde estão os especialistas e equipamentos necessários para que o paciente possa ser atendido. A gestão das filas continuará com estados e municípios, mas o Ministério da Saúde vai estruturar essa oferta de forma mais eficiente”, explicou Padilha.
A estimativa é de que o programa contribua significativamente para reduzir a sobrecarga do sistema público, aproveitando estruturas privadas ociosas para oferecer atendimento especializado. Essa parceria promete desafogar filas e garantir maior agilidade no cuidado aos pacientes.
A iniciativa marca uma nova etapa no fortalecimento do SUS, ao unir esforços entre setores público e privado para garantir o direito à saúde de forma mais eficiente e inclusiva.
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*Com informações Metrópoles