Na noite de sexta-feira (27), Rose, de cerca de 40 anos, teve sua vida brutalmente interrompida em Costa Rica, a 375 km de Campo Grande. O crime, cometido pelo companheiro identificado como Juliano, evidenciou mais uma vez a vulnerabilidade das mulheres em Mato Grosso do Sul, que já contabiliza 17 feminicídios somente em 2025.
O corpo da vítima foi encontrado no sábado (28) por amigas, que estranharam sua ausência no café da manhã habitual. Ao chegarem à quitinete onde ela vivia, depararam-se com sangue sob a porta e encontraram Rose morta. Segundo relatos, Juliano, que já tinha histórico de violência doméstica, foi visto saindo do local em uma motocicleta vermelha e segue foragido.
Rose havia deixado Bonito para passar alguns dias na cidade do companheiro, com quem mantinha um relacionamento conturbado. O casal tinha filhos, e Juliano já acumulava passagens pela polícia por agredi-la anteriormente.
O assassinato de Rose eleva para 17 o número de feminicídios em MS em 2025, refletindo um cenário alarmante. Casos recentes, como o de Doralice da Silva, em Maracaju, e os de outras 15 mulheres, demonstram que o estado segue sem soluções efetivas para proteger mulheres em situação de risco.
Embora a Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, ofereça assistência integral às vítimas, a tragédia de Rose ressalta a urgência de expandir e fortalecer essas redes de apoio. Com serviços que incluem atendimento jurídico, psicológico e abrigo temporário, a Casa atende 24 horas, mas casos como este mostram que medidas preventivas ainda falham em muitos municípios.
A violência doméstica, que culmina em feminicídios, continua sendo uma chaga aberta no estado. Além de maior fiscalização, especialistas apontam a necessidade de campanhas de conscientização e investimentos em segurança e proteção para prevenir novos casos.
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*Com informações MS Todo Dia