Segunda, 30 de Junho de 2025

Feminicídio em MS expõe falhas na proteção às mulheres: 17ª vítima é assassinada em MS

Rose foi morta pelo companheiro; violência contra mulheres continua alarmante no estado

28/06/2025 às 15h40
Por: Tatiana Lemes
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Foto: MS Todo Dia
Foto: MS Todo Dia

Na noite de sexta-feira (27), Rose, de cerca de 40 anos, teve sua vida brutalmente interrompida em Costa Rica, a 375 km de Campo Grande. O crime, cometido pelo companheiro identificado como Juliano, evidenciou mais uma vez a vulnerabilidade das mulheres em Mato Grosso do Sul, que já contabiliza 17 feminicídios somente em 2025.

O corpo da vítima foi encontrado no sábado (28) por amigas, que estranharam sua ausência no café da manhã habitual. Ao chegarem à quitinete onde ela vivia, depararam-se com sangue sob a porta e encontraram Rose morta. Segundo relatos, Juliano, que já tinha histórico de violência doméstica, foi visto saindo do local em uma motocicleta vermelha e segue foragido.

Rose havia deixado Bonito para passar alguns dias na cidade do companheiro, com quem mantinha um relacionamento conturbado. O casal tinha filhos, e Juliano já acumulava passagens pela polícia por agredi-la anteriormente.

Crescimento alarmante de feminicídios

O assassinato de Rose eleva para 17 o número de feminicídios em MS em 2025, refletindo um cenário alarmante. Casos recentes, como o de Doralice da Silva, em Maracaju, e os de outras 15 mulheres, demonstram que o estado segue sem soluções efetivas para proteger mulheres em situação de risco.

Rede de apoio ainda insuficiente

Embora a Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, ofereça assistência integral às vítimas, a tragédia de Rose ressalta a urgência de expandir e fortalecer essas redes de apoio. Com serviços que incluem atendimento jurídico, psicológico e abrigo temporário, a Casa atende 24 horas, mas casos como este mostram que medidas preventivas ainda falham em muitos municípios.

A violência doméstica, que culmina em feminicídios, continua sendo uma chaga aberta no estado. Além de maior fiscalização, especialistas apontam a necessidade de campanhas de conscientização e investimentos em segurança e proteção para prevenir novos casos.

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*Com informações MS Todo Dia

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