Um ataque hacker à C&M Software, empresa que atua como ponte entre bancos e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), afetou a operação de Pix em diversas instituições financeiras, gerando transtornos para clientes e provocando um prejuízo estimado que pode chegar a R$ 1 bilhão.
A C&M é responsável pela mensageria que conecta bancos ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central em 2020. O ataque comprometeu o ambiente tecnológico da empresa, levando o BC a desligar o acesso das instituições às infraestruturas operadas pela companhia, como forma de proteção.
De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, ao menos seis bancos e fintechs foram afetados, com desvios de recursos, paralisação do Pix e perdas médias de até R$ 50 milhões por instituição. Entre os atingidos estão o Banco Paulista e a BMP, que prestam serviços financeiros por meio de plataformas digitais.
Apesar do impacto, as instituições negam prejuízos diretos aos clientes. O Banco Paulista declarou que “a falha foi externa, não comprometeu dados sensíveis nem gerou movimentações indevidas”. Já a BMP, uma das mais afetadas, afirmou que os valores desviados envolvem apenas sua conta reserva no Banco Central, e garantiu ter “colaterais suficientes” para cobrir integralmente os danos.
A C&M confirmou o ataque, mencionando o uso indevido de credenciais de clientes para tentar fraudar acessos, mas assegura que seus sistemas críticos seguem operacionais. A empresa também declarou que todas as medidas de segurança foram adotadas e que colabora com a Polícia Civil de São Paulo e o Banco Central nas investigações. A Polícia Federal também deve ser acionada.
Ainda não há confirmação oficial sobre o total do prejuízo, mas o site Brazil Journal aponta que ao menos R$ 400 milhões já foram desviados, enquanto estimativas mais alarmantes elevam a cifra a R$ 1 bilhão. O caso acendeu um alerta para a segurança do ecossistema financeiro digital brasileiro e pode gerar revisões nos protocolos de conectividade e proteção de dados entre bancos e prestadoras de tecnologia.
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*Com informações Metrópoles