Segunda, 04 de Agosto de 2025

MS inicia campanha nacional de coleta de DNA para identificar desaparecidos: “Cada amostra pode dar uma resposta”

Ação começa nesta terça-feira (5), em Campo Grande, com coleta de material genético de familiares; tecnologia já ajudou a identificar pessoas no estado

04/08/2025 às 18h25
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Divulgação
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Mato Grosso do Sul será palco, nesta terça-feira (5), do Dia D da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS). A solenidade de lançamento no estado será realizada às 9h na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande, com a coleta simbólica de material genético de três familiares.

A campanha, que acontece de 5 a 15 de agosto em todo o Brasil, busca ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, facilitando a identificação de pessoas desaparecidas por meio de cruzamento com restos mortais não identificados. Em Mato Grosso do Sul, a iniciativa será executada pela Polícia Civil e pela Polícia Científica, por meio do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF).

O delegado Rodolfo Daltro, titular da DHPP, destaca que a ação poderá solucionar casos antigos: “A campanha visa a identificação de corpos que estão no IMOL e de pessoas enterradas sem identificação. O DNA dos familiares é a chave para isso”. Segundo o IALF, duas pessoas já foram identificadas no estado graças à tecnologia forense.

A diretora do IALF, Josemirtes Prado da Silva, explica que o procedimento é simples, feito com um cotonete na parte interna da boca. “Se a família tiver itens do desaparecido, como escova de dentes, cordão umbilical ou dente de leite, também pode levar. Tudo ajuda”.

Em 2024, a campanha resultou na coleta de 1.645 amostras e na identificação de 38 pessoas em estados como São Paulo, Goiás, Ceará e o próprio MS. A coleta é gratuita, e os familiares devem apresentar boletim de ocorrência e documentos pessoais.

O lançamento nacional da campanha também ocorre no mesmo dia, em Brasília, com a divulgação do caderno digital “Transformando Números em Histórias”, reunindo relatos emocionantes de reencontros possibilitados pela ação. A coleta de DNA, embora intensificada neste período, está disponível durante todo o ano nas unidades da Polícia Científica do estado.

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