Um estudo elaborado por economistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que Mato Grosso do Sul está entre os poucos estados brasileiros que podem se beneficiar do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, comandados pelo ex-presidente Donald Trump. Embora a taxa de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil cause impactos negativos para a economia nacional e reduza o Produto Interno Bruto (PIB), a retaliação dos EUA a outros países como China, Japão e Coreia pode abrir novas oportunidades comerciais para o Estado sul-mato-grossense.
Segundo a pesquisa, em médio prazo – cerca de dois anos –, Mato Grosso do Sul pode ter um crescimento de 0,01 ponto percentual no PIB, enquanto o Amazonas pode alcançar até 0,36 ponto percentual. Já estados como São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais sofreriam os maiores impactos negativos.
O setor agropecuário é o principal beneficiado com essa dinâmica, apresentando saldo positivo estimado em 0,16 ponto percentual no PIB estadual, impulsionado pela expansão das exportações de soja, que podem crescer US$ 1,5 bilhão, beneficiadas pela retaliação da China aos Estados Unidos.
A carne bovina, importante para Mato Grosso do Sul, terá o impacto econômico mais amortecido, com saldo negativo estimado em 1,79 ponto percentual, graças à diversificação de mercados e à expectativa de inclusão do Estado em acordos comerciais, especialmente com o Japão.
Na próxima sexta-feira (8), o governador Eduardo Riedel lidera uma comitiva para o Japão, buscando ampliar o comércio, com foco na exportação de carnes e outros produtos, acompanhado do vice-governador Barbosinha, que ressalta a intenção de expandir as oportunidades para todo o setor comercial sul-mato-grossense.
Apesar dos efeitos adversos gerais do tarifaço no Brasil e no comércio mundial, Mato Grosso do Sul se destaca como um dos poucos estados capazes de tirar vantagem dessa nova configuração comercial global.
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*Com informações Midiamax