Quarta, 20 de Agosto de 2025

Inquérito da PF sobre Silas Malafaia provoca reação de líderes cristãos nos EUA

Pastor é investigado por obstrução; articulação internacional pode levar Casa Branca a se manifestar

20/08/2025 às 09h49
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A decisão da Polícia Federal de incluir o pastor Silas Malafaia no inquérito que apura suposta obstrução no processo sobre a tentativa de golpe de Estado já gera repercussão fora do Brasil. Segundo o jornal O Globo, líderes cristãos próximos ao ex-presidente Donald Trump foram informados da medida, e a questão pode chegar à Casa Branca.

Entre os primeiros comunicados está o reverendo Samuel Rodriguez, pastor da Igreja New Season, na Califórnia, e presidente da Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica (NHCLC). Rodriguez, que participou da posse de Trump em 2017 conduzindo uma oração, tem proximidade com o ex-presidente, o que aumenta a chance de manifestações em defesa de Malafaia. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também se posicionou publicamente em apoio ao pastor.

O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo é investigado por suposta coação durante o processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Malafaia nega qualquer envolvimento e afirma que ainda não recebeu notificação oficial sobre o inquérito.

No cenário nacional, entidades evangélicas já se manifestaram em apoio ao pastor. O Cimeb (Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil) qualificou a investigação como “imprópria e injusta”. A ANAJURE (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) criticou a medida, citando ameaças à liberdade de expressão e ao devido processo legal. As Frentes Parlamentares Evangélicas na Câmara e no Senado afirmaram que acompanharão o caso com atenção.

O episódio evidencia uma mobilização internacional e política em torno do pastor, que pode gerar repercussões diretas junto a autoridades norte-americanas enquanto o inquérito segue tramitando no Brasil.

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