O preço da cesta básica em Campo Grande registrou aumento de 1,55% em setembro de 2025, segundo levantamento do Dieese em parceria com a Conab, ficando em R$ 780,67. O valor supera em 9,24% o mesmo período do ano passado e reflete o impacto direto na rotina do trabalhador mínimo, que precisou trabalhar 113 horas e 8 minutos para adquirir o conjunto de alimentos, aumento em relação às 111h25min de agosto.
Entre os 13 itens da cesta, cinco tiveram queda nos preços: batata (-6,96%), arroz agulhinha (-4,75%), açúcar cristal (-4,00%), tomate (-3,32%) e feijão carioca (-1,04%). Já oito produtos subiram, com destaque para a banana (8,84%), óleo de soja (4,46%) e café em pó (4,32%), pressionando o bolso do consumidor.
No acumulado do ano, o café em pó lidera a alta com 47,82%, seguido por tomate (34,66%) e farinha de trigo (7,44%). Em contrapartida, a batata registra queda histórica de 37,06%, enquanto arroz e feijão caíram mais de 8%.
O Dieese alerta que, considerando o salário mínimo líquido de R$ 1.518,00, o trabalhador comprometeu 55,6% da renda apenas com a cesta básica, maior que os 54,75% de agosto. Para uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário deveria ser R$ 7.075,83, ou 4,66 vezes o piso vigente.
No cenário nacional, a maioria das capitais teve queda nos preços: Fortaleza (-6,31%) e Palmas (-5,91%) registraram as maiores reduções. Contudo, Campo Grande lidera a alta entre as cidades pesquisadas, mostrando a pressão sobre o orçamento das famílias e a dificuldade crescente de alimentação básica.
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