Durante a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP27, que aconteceu entre 6 a 18 de novembro no Egito, o setor do agronegócio brasileiro conseguiu “dar seu recado ao mundo”, em relação ao compromisso do produtor rural com a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“O país veio mostrar suas ações para cumprir metas do Acordo de Paris e contribuir com o fornecimento de alimentos para um bilhão de pessoas no mundo. E sempre de maneira sustentável, sem recuar de seus esforços, diferentemente de muitos países. Além disso, demos todo o suporte necessário aos negociadores brasileiros nessas duas semanas sobre os pontos importantes do setor”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço.
No entanto, o presidente da CNA disse que, até agora, o avanço nas negociações ficou aquém das expectativas em relação à implementação de medidas como o financiamento de ações pelos países “desenvolvidos” em relação aos “em desenvolvimento”, que podem enfrentar problemas decorrentes das mudanças climáticas.
“Havia muitas expectativas em relação a este tema para que os países desenvolvidos, que contribuíram fortemente para o aumento da temperatura global, pudessem fazer aportes em termos de investimentos e cooperação técnica, mas vamos seguir esperando por avanços para as próximas conferências”, ressaltou.
Outro ponto nas negociações que foi insuficiente, de acordo com Lourenço, foi a definição de instrumentos para a operacionalização do mercado de carbono. “Pelo ativo ambiental que o Brasil possui, o país poderia dar grande contribuição ao mundo neste mercado, mas infelizmente tivemos avanços tímidos”.
Por outro lado, ele destacou que houve avanços em relação ao Grupo de Koronívia, reconhecendo a importância da agricultura para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
“O Brasil tem programas e tecnologias que sempre conciliaram produção com preservação ambiental e o grupo reconheceu a importância de programas como o ABC - Agricultura de Baixa Emissão de Carbono - que é referência mundial em questão de sustentabilidade e sequestro de carbono, e o Grupo de Trabalho reconheceu essa importância”.
CNA destacou temas relevantes no posicionamento para a COP-27, entregue ao governo:
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