Criadores de gado instalados em áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na região de terras do distrito de Santo Antônio do Matupi, no município de Manicoré, Amazonas, estão sendo obrigados a se retirar do local, ocasionando uma migração dos rebanhos para pastos regularizados pelo Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam).
O órgão justifica a ação com o intuito de cessar a degradação ambiental e propiciar a recuperação da área degradada.
De acordo com dados do site da Idesam (Conservação e Desenvolvimento Sustentável), o distrito concentra praticamente todo gado do município de Manicoré, com 115 mil cabeças de gado, o que o torna o quarto maior rebanho do Amazonas.
Entre 2004 e 2018, o número aumentou 800%, passando de 12,8 mil para 115 mil animais. No mesmo período, foi desmatada uma área equivalente a 82 mil campos de futebol.
Diante disso, o Ibama determinou o embargo das áreas degradadas e exigiu que os criadores de gado se retirem, contribuindo assim para a recuperação ambiental da região.
O embargo é uma medida preventiva que proíbe a exploração econômica de uma determinada área, seja ela rural ou urbana.
No caso dos criadores de gado em Santo Antônio do Matupi, o embargo se dá pela constatação de que as atividades desenvolvidas na área degradam o meio ambiente e prejudicam a saúde pública.
A migração dos rebanhos para pastos regularizados pelo Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam) é uma solução viável e legal para o problema.
O Ipaam é responsável por licenciar e fiscalizar as atividades que envolvam o uso de recursos naturais no Estado do Amazonas.
No entanto, é preciso destacar que a retirada dos criadores de gado das áreas embargadas pode gerar consequências negativas para a economia local, uma vez que a atividade pecuária é uma das principais fontes de renda da região.
Por isso, é importante que o governo adote medidas para mitigar os impactos sociais e econômicos decorrentes do embargo.