A PF (Polícia Federal) prendeu um hacker procurado pela Interpol por invadir sistema do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3.ª Região), sediado em São Paulo, em 2021, durante a Operação Escalada Cibernética. Ele estava escondido em uma casa no bairro de Conjunto Aero Rancho, em Campo Grande.
De acordo com a polícia, na manhã deste domingo (17), a PF capturou, em Campo Grande o criminoso responsável pelo ataque hacker ao tribunal. O preso foi responsável por promover um ataque cibernético ao sistema processo judicial eletrônico (PJe) da Corte, invadindo o sistema para alterar documentos eletrônicos de assinatura de agentes públicos para a obtenção de vantagens pessoais.
O hacker falsificou pareceres do MPF (Ministério Público Federal) em seis processos que tramitavam no TRF3, nos quais ele mesmo era o réu, alterando as manifestações dos procuradores com sugestão de absolvição ao invés da condenação originalmente proposta.
A investigação da Polícia Federal foi aberta depois que dois magistrados da Justiça Federal em São Paulo detectaram alterações em documentos, com uso fraudulento de suas assinaturas digitais.
O hacker falsificou assinaturas eletrônicas de juízes, servidores da justiça e membros do Ministério Público Federal e alterou documentos em pelo menos oito processos, sendo dois cíveis e seis criminais.
O objetivo, além da própria absolvição criminal, seria a liberação e a consequente apropriação de valores pendentes em ações judiciais para contas controladas por ele.
O autor, na condição de procurado internacional, devido à inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol, resultou em condenação do suspeito pelo ataque hacker, a uma pena de nove anos de prisão, pela prática dos crimes de invasão de dispositivo informático e falsificação de documento público.
A sentença condenatória foi expedida pelo juiz da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em dezembro de 2021, contudo o criminoso permaneceu foragido desde maio de 2021, data do desencadeamento da operação da PF.
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