O aplicativo "Celular Seguro" é liberado a partir desta quarta-feira (20) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O serviço facilita o registro de ocorrência e bloqueio do aparelho após furto ou roubo.
O aplicativo está disponível para smartphones Android e também para iPhones a partir de hoje.
De acordo com Ricardo Capelli, secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a maior parte dos bancos fará o serviço em 10 minutos, mas o prazo máximo é de 30 minutos. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) também bloqueará o aparelho por completo em até 24 horas. Caso o dispositivo seja recuperado, será possível reverter os bloqueios.
Até o dia 9 de fevereiro, às vésperas do carnaval, as operadoras desenvolverão um mecanismo para bloquear a linha telefônica a partir do acionamento do aplicativo do governo. “Isso é muito importante, porque boa parte das senhas são recuperadas através de SMS”, disse Capelli. “Com as operadoras bloqueando a linha telefônica e o envio do SMS, a gente fecha o ciclo”.
Aplicativo
Para utilizar a ferramenta, que á apta para os sistemas Android e IOS, o usuário deverá ter um cadastro na plataforma gov.br para acessar o aplicativo ou site do programa.
Depois de acessar o “Celular Seguro”, nome do app, por uma dessas plataformas, o usuário deverá cadastrar seus próprios dados e as informações de uma “pessoa de confiança” na conta. Essa pessoa é necessária para acionar o sistema quando o celular for roubado ou extraviado. Mais de uma pessoa poderá ser cadastrada nessa função.
O App Celular Seguro tem um botão para registrar ocorrência, que poderá ser acionado pelo usuário ou pela pessoa de confiança para solicitar o bloqueio geral. Ao cadastrar uma pessoa na função de confiança, o usuário poderá visualizar seu aparelho na conta dela para que possa acionar a função em seu lugar.
“Nosso objetivo é transformar o aparelho roubado em um pedaço de metal inútil”, disse Capelli. “E a gente acredita que isso reduz muito a atratividade do delito e reduz muito os roubos e furtos”.
O aplicativo é coordenado pelo governo federal, em parceria com empresas do setor bancário, de telefonia e de serviços. Entre os participantes estão Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e outras empresas, como Uber, Ifood e Google.
O secretário afirmou ainda que está em contato com plataformas responsáveis por redes sociais, como a Meta, dona do Instagram e Facebook. As conversas, no entanto, ainda são iniciais.
O secretário afirma que a intenção do app é impedir crimes financeiros que ocorrem nas primeiras horas depois do roubo ou furto. Ele afirma, porém, que o relato do caso no aplicativo não dispensa a necessidade de registro de boletim de ocorrência na polícia. “O boletim de ocorrência é o que instrui a investigação policial do delito”, disse. “Então, o que a gente está criando é um botão de emergência”.
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