Sábado, 08 de Novembro de 2025

Janja se diz incomodada com ausência de mulheres no STF e bate de frente com indicações de Lula

A representação feminina no Supremo Tribunal Federal permanece em 9%, uma das mais baixas da América Latina

05/03/2024 às 09h56 Atualizada em 05/03/2024 às 10h16
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, expressou o desejo de ver maior representatividade feminina no STF (Supremo Tribunal Federal). No terceiro mandato, o presidente Lula (PT) nomeou dois homens para a Suprema Corte: Cristiano Zanin, advogado que representou o petista em casos da Lava Jato, e Flávio Dino, ex-ministro da Justiça.

Janja declarou se sentir “incomodada” com a baixa representatividade feminina na Suprema Corte. Com a escolha de Dino, a presença feminina no STF foi reduzida para apenas uma representante, a ministra Cármen Lúcia, indicada por Lula em seu primeiro mandato. As declarações ocorreram nesta segunda-feira (4), durante o lançamento do Relatório Agenda Transversal de Mulheres.

“Toda vez que eu chego em um evento lá no Supremo, eu vou direto para ela [Cármen Lúcia], porque aquela sala é uma sala muito masculina e aquilo me incomoda muito. Eu sempre busco a ministra Cármen lá para a gente ficar conversando. Eu espero realmente, é um espaço muito difícil, mas eu espero que aquele espaço também seja um espaço de mais mulheres”, apontou a primeira-dama.

Desde o início de 2023, o presidente enfrentou pressões para realizar uma indicação inédita de uma ministra para o Supremo Tribunal Federal, visando a manutenção da cadeira ocupada por Rosa ser ocupada por uma mulher – um cenário que não se concretizou.

Houve também apelos para que Lula selecionasse uma mulher negra, algo que nunca ocorreu na história da corte. No entanto, Lula não atendeu aos pedidos, seguindo a mesma linha de sua primeira indicação, quando escolheu Zanin, a quem considerava um amigo.

Antes de decidir pelo nome de Dino, o presidente já havia declarado que gênero e cor não seriam fatores determinantes em sua escolha. Com isso, a representação feminina no Supremo Tribunal Federal permanece em 9%, uma das mais baixas da América Latina.

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*Com informações Pleno News

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