Domingo, 07 de Setembro de 2025
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Vereador Claudinho Serra preso por corrupção, usará tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de Campo Grande

Além disso, o vereador não pode se aproximar de outras testemunhas

29/04/2024 às 09h46
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Wesley Ortiz
Foto: Wesley Ortiz

O vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), apontado como líder de esquema de corrupção em obras públicas e preso por 23 dias, deverá usar tornozeleira eletrônica pelos próximos seis meses, conforme decisão do desembargador José Ale Ahmad Netto, proferida na sexta-feira (26). Ele também está obrigado a permanecer em casa todas as noites, incluindo feriados e fins de semana, das 20h às 6h.

O desembargador também ordenou que Claudinho compareça mensalmente ao tribunal para confirmar seu endereço atual e o proibiu de frequentar bares, restaurantes ou locais com grande aglomeração de pessoas, bem como de consumir bebidas alcoólicas. Além disso, o vereador não pode se aproximar de outras testemunhas ou deixar a comarca de Campo Grande sem autorização judicial prévia. Claudinho Serra foi colocado sob monitoramento com tornozeleira eletrônica na noite de sexta-feira (26), durante o plantão.

Na sexta-feira (26), a Justiça concedeu liberdade provisória ao vereador Claudinho Serra (PSDB), que estava detido desde 3 de abril na terceira fase da Operação Tromper. Ele ficará sob monitoramento por tornozeleira eletrônica.

O vereador Claudinho Serra (PSDB) permaneceu detido por 23 dias, acusado de liderar um suposto esquema de corrupção que desviava recursos da prefeitura de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, durante seu mandato como secretário municipal de Fazenda. Sua sogra, Vanda Camilo (PP), é a prefeita de Sidrolândia.

Na última sexta-feira (19), o juiz aceitou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e Claudinho Serra, junto com outras 21 pessoas, tornaram-se réus no processo que investiga as fraudes no município.

A decisão sobre o habeas corpus foi proferida pelo desembargador da 2ª Câmara Criminal de Campo Grande, José Ale Ahmad Netto, e divulgada no fim da tarde desta sexta-feira (26).

Entre as medidas cautelares alternativas para a concessão da liberdade provisória, o vereador usará tornozeleira eletrônica e estará sujeito a permanecer em casa durante a noite, incluindo fins de semana e feriados, das 20h às 06h.

Claudinho Serra deverá comparecer mensalmente em juízo para comprovar seu endereço atual e suas atividades, além de estar proibido de frequentar bares, restaurantes, locais com aglomeração de pessoas e de ingerir bebida alcoólica.

Ele também não poderá se aproximar das testemunhas e está proibido de se ausentar de Campo Grande sem autorização judicial. Além disso, fica obrigado a comparecer a todos os atos processuais dos quais for intimado. Em caso de descumprimento das condições, o vereador retornará para o cárcere preventivo.

Na decisão, o desembargador apontou que o vereador tem bons antecedentes e que não existem indícios de que irá fugir.

Em nota, o advogado de Claudinho Serra, Tiago Bunning, confirmou a liberdade do cliente e destacou que a prisão preventiva era uma medida excessiva e desnecessária para o caso.

Mais 7 são soltos

Após a libertação do vereador Claudinho Serra (PSDB), detido desde 3 de abril, a Justiça determinou a soltura de outros sete indivíduos na Operação Tromper nesta sexta-feira (26). Claudinho Serra estará sob monitoramento por tornozeleira eletrônica. A concessão do habeas corpus foi feita pelo desembargador da 2ª Câmara Criminal de Campo Grande, José Ale Ahmad Netto.

Os liberados são: Ana Cláudia Alves Flores, Thiago Rodrigues Alves, Carmo Name Júnior, Ricardo José Rocamora Alves, Ueverton da Silva Macedo, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa e Milton Matheus Paiva Matos. A decisão foi proferida pelo juiz da Vara Criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, em consonância com a concessão de liberdade ao vereador.

Prisão

No dia 3 de abril, o vereador Claudinho Serra (PSDB) foi detido após mandado de prisão emitido pela Justiça, no contexto da terceira fase da Operação Tromper, suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção. Durante uma busca em sua residência, localizada em um condomínio na Capital, não foram encontradas armas.

Serra, ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e genro da prefeita Vanda Camilo, estava entre os oito alvos de prisão da operação. Esta foi conduzida pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com auxílio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar, visando investigar casos de corrupção na prefeitura de Sidrolândia.

Além das prisões, foram realizados 28 mandados de busca e apreensão, relacionados a suspeitas de corrupção em contratos de asfalto, conforme informado pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

As investigações, conduzidas pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Sidrolândia, confirmaram a existência de uma organização criminosa envolvida em fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, incluindo o pagamento de propinas a agentes públicos locais.

Além disso, uma nova frente da organização criminosa foi descoberta, atuando no setor de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados, alvo das investigações, totalizam cerca de R$ 15 milhões.

A operação contou com o apoio operacional do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.

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*Com informações Midiamax

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