Sábado, 08 de Novembro de 2025

Polêmica no sistema prisional: Recomendação de proibição de conversão religiosa de detentos gera conflito com Bancada Evangélica

A bancada evangélica está considerando emitir um comunicado acusando o CNPCP de promover uma "perseguição religiosa" devido à nova diretriz

02/05/2024 às 10h58
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A recente recomendação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) de proibir a conversão religiosa de detentos está causando polêmica, especialmente entre os membros da bancada evangélica. A decisão do colegiado, vinculado ao Ministério da Justiça, foi divulgada na última segunda-feira (29/4), desencadeando uma reação por parte dos parlamentares religiosos.

A bancada evangélica está considerando emitir um comunicado acusando o CNPCP de promover uma "perseguição religiosa" devido à nova diretriz. Paralelamente, a Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados está avaliando a possibilidade de convidar o presidente do conselho para esclarecer o que alguns deputados consideram uma "restrição à liberdade religiosa".

A recomendação do CNPCP visa assegurar que não ocorra "proselitismo religioso" dentro do sistema prisional, proibindo explicitamente a tentativa de conversão de detentos para uma religião diferente daquela que eles professam. O deputado Junio Amaral, do PL de Minas Gerais, propôs na terça-feira (30/4) o convite ao presidente do CNPCP, Douglas Martins, após uma articulação entre os próprios conselheiros.

Alguns membros do conselho alegam que a resolução foi apresentada de forma repentina e que não houve tempo suficiente para um debate adequado sobre o assunto. A controvérsia em torno dessa recomendação reflete as tensões entre as políticas carcerárias e os direitos religiosos dentro do sistema prisional brasileiro.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias. 

*Com informações Terra Brasil

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários