
Durante o evento do Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou controvérsia ao solicitar apoio ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). Essa ação resultou na exclusão de um vídeo da transmissão do canal oficial do presidente no YouTube, após outros pré-candidatos contestarem na Justiça Eleitoral.
Em entrevista à CNN, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Silmar Fernandes, observou que Lula não é o primeiro e provavelmente não será o último a se envolver em propaganda eleitoral antecipada. Segundo Fernandes, essa conduta é irregular, embora não seja novidade. Uma decisão liminar do juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci determinou a retirada do material do ar por potencial propaganda antecipada.
De acordo com Fernandes, a propaganda eleitoral só pode começar após 16 de agosto, após o prazo para registro de candidaturas. Ele ressaltou a clareza da lei eleitoral que proíbe explicitamente o pedido de voto, especialmente porque ainda não estamos em período de campanha, com as convenções partidárias programadas para junho, quando os candidatos serão oficializados.
Na visão de Fernandes, quem se apresenta como pré-candidato na mídia tem potencial para ser um candidato real no futuro e pode desequilibrar o pleito, privilegiando alguns em detrimento de outros. Ele enfatizou que se uma autoridade pede votos para alguém, abre margem para que outros também o façam, resultando em desigualdade de oportunidades, passível de multa de acordo com a lei.
Por sua vez, Guilherme Boulos comentou que Lula apenas expressou seu apoio, enquanto o presidente ainda não se pronunciou sobre a reação ao seu pedido de voto para Boulos. A polêmica segue como um ponto de atenção no cenário político, ressaltando a sensibilidade em relação às regras eleitorais e à equidade no processo democrático.
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