Uma decisão cautelar proferida pelo juiz da Vara Criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira de Freitas da Silva, abalou as estruturas políticas da região ao determinar o bloqueio de R$ 12,5 milhões nas contas bancárias do vereador licenciado do PSDB, Claudinho Serra. O político é acusado de liderar um esquema de corrupção na cidade, que tem como prefeita sua sogra, Vanda Camilo, do PP.
De acordo com o Jornal Midiamax, todos os 22 réus da chamada Operação Tromper tiveram valores sequestrados pela Justiça. Além de Serra, a ex-pregoeira da Prefeitura de Sidrolândia, Ana Cláudia Alves Flores, teve determinado o bloqueio de R$ 746 mil de suas contas. O processo corre em segredo de Justiça, acrescenta-se.
O advogado de defesa de Claudinho Serra, Tiago Bunning, afirmou que ainda não foi intimado da decisão. Enquanto isso, a defesa do vereador tenta anular um pedido de prisão feito contra ele. A procuradora de Justiça Criminal, Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, refutou a tese da defesa, destacando a competência do juiz de primeiro grau da vara de Sidrolândia para analisar o caso.
Por sua vez, o vereador Claudinho Serra é apontado como o mentor de um suposto esquema de corrupção que desviava recursos públicos da Prefeitura de Sidrolândia, durante seu período como secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica. Após passar 23 dias na prisão, ele foi liberado com medidas cautelares, incluindo o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
O vereador apresentou um pedido de afastamento temporário de suas atividades na Câmara Municipal por 120 dias para tratar de "interesse particular", sem remuneração. A relação familiar entre Claudinho Serra e a prefeita Vanda Camilo, sua sogra, amplifica o impacto político do caso.
O processo tornou-se ainda mais complexo com a decisão do juiz de receber a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), tornando réus não só Claudinho Serra, mas também outras 21 pessoas. A denúncia acusa os envolvidos de comporem um esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia.
O magistrado ressaltou a existência de provas da materialidade dos crimes e indícios suficientes da autoria delitiva para receber a denúncia. Entre os acusados estão diversos empresários locais, ex-servidores públicos e até mesmo um ex-estagiário do MPMS em Sidrolândia. O desenrolar desse caso promete continuar gerando repercussões tanto na esfera política quanto judicial da região.
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