
A greve dos servidores federais da Educação, que teve início em abril, enfrenta um novo impasse. Na última quarta-feira, a Justiça Federal de Sergipe suspendeu o acordo firmado entre o governo federal e o Proifes-Federação apenas dois dias antes. A suspensão ocorreu devido a uma ação protocolada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, uma seção sindical do Andes, que alega que a Federação não teria legitimidade para representar a categoria.
A decisão, proferida pelo juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, determinou que a União se abstivesse de firmar quaisquer acordos com o Proifes-Federação durante a Mesa de Negociação sobre a reestruturação da carreira docente e sobre a deflagração da greve da categoria dos professores. O juiz considerou que o Proifes não tem legitimidade por falta de registro legal como sindicato.
O impasse ocorreu após o governo anunciar a assinatura de um acordo com o que chamou de "entidade representativa docente", estabelecendo um reajuste salarial em duas parcelas. Contudo, o Andes, que representa a maioria dos professores em universidades federais, institutos e centros de educação, rejeitou a proposta e iniciou a greve, que já dura 56 dias.
Para pressionar a reabertura da negociação, o Andes convocou um ato em frente à sede do Ministério da Gestão e Inovação, em Brasília, na próxima segunda-feira. O sindicato defende um reajuste salarial de 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026. A entidade também questiona a legitimidade da Proifes para representar a categoria e busca uma nova contraproposta do governo.
Com a greve em curso e sem uma solução à vista, a mobilização nacional na segunda-feira busca pressionar o governo a oferecer uma resposta satisfatória às demandas dos professores.
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*Com informações Correio Braziliense