
Com uma votação de 52 a favor e 18 contra, o Senado Federal aprovou em novembro do ano passado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que redefine os limites das decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF). A medida visa restringir a capacidade dos ministros de anular atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados por decisão individual.
Apoiado fortemente pelo bolsonarismo, o projeto encontrou respaldo significativo dentro do Partido Liberal (PL), com onze dos doze senadores votando a favor, à exceção de Romário.
Nos bastidores, um encontro não oficial entre o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ministro Alexandre de Moraes revelou uma tentativa de persuadir os senadores do partido a reconsiderarem sua posição em relação à PEC. Apesar dos esforços, o apoio dos senadores do PL à proposta permaneceu intacto, evidenciando as complexas alianças políticas no cenário atual.
O episódio destacou o papel estratégico do PL como uma sigla capaz de abrigar tanto o bolsonarismo quanto setores alinhados ao governo federal. Esta dualidade estratégica permitiu ao partido manter uma influência significativa na política brasileira, mesmo diante de um ambiente polarizado.
Valdemar Costa Neto, conhecido por sua habilidade política, transformou o PL em um ator-chave na cena política nacional, navegando entre diferentes interesses e mantendo uma flexibilidade que garantiu sua relevância. A trajetória do partido sob sua liderança continua sendo central na dinâmica política do país, marcada por alianças estratégicas e decisões que refletem uma busca constante por poder e influência.
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*Com informações Revista Piauí