O vereador afastado Claudinho Serra (PSDB) conseguiu evitar a abertura de uma comissão processante para cassação de seu mandato na Câmara Municipal de Campo Grande. O presidente da Casa, vereador Carlão (PSB), decidiu arquivar os dois pedidos apresentados por um eleitor e por um coletivo do Partido Novo, seguindo parecer da Procuradoria da Câmara.
De acordo com a análise da Procuradoria, os fatos investigados são anteriores à posse de Claudinho na Câmara de Campo Grande, o que inviabiliza a instauração de processo de cassação conforme os trâmites legais. Com a decisão de Carlão de acatar o parecer, os pedidos não serão levados a votação no plenário da Câmara.
Para que o processo de cassação fosse aberto e pudesse ser levado ao plenário, seriam necessários 15 votos favoráveis. Já para efetivar a cassação do mandato, seriam necessários 20 votos dos 29 vereadores.
Claudinho Serra ficou preso por 23 dias após sua prisão na terceira fase da Operação Tromper. Ele posteriormente solicitou afastamento por 30 dias e, depois, por mais 120 dias. O vereador afastado deixou a prisão com a condição de usar tornozeleira eletrônica.
O caso envolvendo Claudinho Serra foi desencadeado a partir de denúncias do Ministério Público Estadual (MPE), que o acusa de chefiar uma suposta quadrilha em Sidrolândia. Segundo a acusação, ele seria responsável por esquemas de fraudes em processos licitatórios e desvios de recursos públicos, além de envolvimento em pagamentos e recebimentos de propina.
Durante a operação, o juiz responsável acatou o pedido de prisão de oito suspeitos, incluindo Claudinho Serra, todos os quais foram posteriormente liberados na semana passada.
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