
O Tribunal de Contas da União (TCU) instaurou um procedimento para investigar o processo licitatório do Supremo Tribunal Federal (STF) destinado ao monitoramento online e em tempo real da presença digital da Corte nas redes sociais. A investigação foi solicitada pelo Ministério Público junto ao TCU após a abertura da licitação pelo STF para contratar uma empresa especializada nesse serviço.
O pacote de serviços inclui alertas por mensagem instantânea, relatórios analíticos diários, semanais e mensais, boletins eventuais e a elaboração de um plano mensal de ação estratégica para atuação em redes sociais. O STF justifica que essa contratação é um complemento ao serviço de clipping da Corte, visando mostrar a evolução da imagem do STF, identificar assuntos relevantes nas redes sociais, classificar registros e sugerir melhorias na comunicação com o público.
O subprocurador-geral Lucas Furtado foi responsável pela solicitação ao TCU, que agora está sob a relatoria do ministro Jhonatan de Jesus. O tribunal costuma abrir procedimentos após denúncias relacionadas a gastos públicos, como é o caso desta licitação do STF.
As propostas das empresas interessadas foram entregues em 14 de junho, e o processo está na fase de análise recursal. O STF prevê um gasto de até R$ 344 mil por ano para o serviço, que abrangerá plataformas como Instagram, TikTok, Facebook, Twitter, YouTube, LinkedIn e blogs, com relatórios entregues diariamente às 8h e às 22h.
Essa iniciativa do Supremo faz parte de um acordo recente com gigantes da tecnologia como YouTube, Google, Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp), TikTok, Microsoft e Kwai, visando combater a disseminação de desinformação nas redes sociais.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Terra Brasil