
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações controversas nesta segunda-feira (1º) durante uma entrevista à Rádio Princesa, em Feira de Santana (BA), ao abordar a questão das ocupações de terras pelos sem-terra no Brasil.
"Vi o companheiro [Carlos] Fávaro (ministro da Agricultura e Pecuária) dizer uma coisa: 'O agronegócio não deveria ter medo das ocupações dos sem-terra, quem toma terra deles hoje são os bancos que compram título da dívida agrária deles'", disse o petista.
Lula destacou que movimentos como o MST não têm mais como prática a invasão de terras no país, optando por uma transformação em pequenos produtores altamente produtivos. Ele enfatizou que esses grupos estão entre os maiores produtores de arroz orgânico na América Latina, contribuindo para fornecer alimentos saudáveis para a população trabalhadora.
O ex-presidente defendeu uma reforma agrária "pacífica" e "tranquila", atribuindo ao sucesso do agronegócio brasileiro a essa abordagem. "O agronegócio está bombando hoje por conta dessa opção que o povo brasileiro fez", afirmou.
Lula também aproveitou para elogiar a importância do agronegócio para a economia nacional. "É responsável por grande parte da riqueza do país e é importante que continue assim. O Brasil tem um potencial agrícola extraordinário", concluiu.
As declarações do presidente geraram reações mistas, com defensores destacando a transformação positiva dos movimentos sociais e críticos questionando a validade da abordagem em relação aos direitos de propriedade e segurança jurídica no campo.
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*Com informações Metrópoles