O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) solicitou a prisão de Francisco Cezário, ex-dirigente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), por descumprimento das medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça do Estado. A denúncia afirma que, apesar da proibição judicial, Cezário continuou a influenciar os rumos da entidade esportiva e a participar de reuniões com presidentes de clubes e dirigentes, mesmo estando sob condições de liberdade monitorada desde junho.
De acordo com o Gaeco, Cezário violou a restrição de não comparecer à sede da FFMS e de não exercer qualquer função relacionada à federação. A nota do Gaeco destaca que ele ainda estava atuando nos bastidores, influenciando decisões e coordenando atividades com aliados.
O ex-dirigente, que foi liberado da prisão para tratamento médico, tinha como condições de sua liberdade o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros acusados e testemunhas, e a proibição de mudança de endereço sem comunicação ao juízo. No entanto, Cezário ignorou essas imposições e continuou a desempenhar funções na FFMS, em desrespeito às ordens judiciais.
A Operação Cartão Vermelho, conduzida pelo Gaeco em maio, revelou um esquema de corrupção envolvendo a FFMS. A investigação, que durou 20 meses, desvendou uma organização criminosa responsável pelo desvio de mais de R$ 6 milhões desde 2018. Além dos 7 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão cumpridos, foram apreendidos mais de R$ 800 mil. O esquema incluía saques fraudulentos e o desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado para eventos do Campeonato Estadual.
O nome da operação faz referência ao cartão vermelho utilizado por árbitros para expulsar jogadores em situações graves, simbolizando a severidade das ações criminosas detectadas na FFMS.
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*Com informações Investiga MS
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