Sexta, 05 de Dezembro de 2025

Lula cria Dia Nacional do Pastor em manobra para conquistar evangélicos e desviar críticas

Medidas são vistas como tentativa desesperada de aproximação com grupo que desaprova sua gestão e pode ser vista como oportunismo político

16/09/2024 às 08h56
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Em mais uma evidente tentativa de se aproximar do público evangélico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou duas leis que visam agradar esse importante segmento religioso. A Lei nº 14.969 reconhece as expressões artísticas e influências do cristianismo como parte da cultura nacional, enquanto outra lei institui o Dia Nacional da Pastora e do Pastor Evangélico, celebrado no segundo domingo de junho.

Essas ações fazem parte de um movimento calculado para suavizar a alta desaprovação do governo entre os evangélicos, um grupo que historicamente tem se mostrado resistente ao PT. O partido, que lançou neste ano uma cartilha específica para lidar com os cristãos, demonstra estar ajustando seu discurso na tentativa de conquistar essa base. O documento da Fundação Perseu Abramo orienta, por exemplo, que os evangélicos não sejam tratados como fundamentalistas, evitando a associação da religião a escândalos envolvendo pastores.

Ao sancionar essas leis, Lula evidencia seu esforço em buscar apoio em um público que, até o momento, tem mostrado forte resistência à sua gestão. Para muitos críticos, essas medidas soam como uma tentativa tardia e artificial de se conectar com um eleitorado que sempre se mostrou contrário às suas políticas progressistas.

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*Com informações Metrópoles

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