Em um discurso inflamado na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) expôs falhas alarmantes no sistema de Justiça e segurança pública, ao denunciar o caso de violência doméstica sofrido por sua sobrinha. A jornalista foi brutalmente agredida pelo ex-companheiro, um faixa preta de caratê, no dia 3 de março, e o deputado teme por sua segurança diante da atuação das autoridades.
Corrêa criticou duramente o atendimento da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, onde um erro na confecção do boletim de ocorrência resultou na emissão de um mandado de prisão para seu sobrinho, advogado que acompanhava o caso, em vez do agressor. "Será desatenção ou não gosta de fazer o serviço?", questionou o deputado, lembrando que a mesma delegada que atendeu sua sobrinha foi responsável pelo caso de Vanessa Ricarte, morta a facadas após procurar a Deam.
A decisão de um desembargador de liberar o agressor com o uso de tornozeleira eletrônica e permitir visitas à filha do casal também foi alvo de críticas. "O que esse desembargador quer? Que esse cara entre na casa da minha sobrinha e a mate?", disparou Corrêa, temendo que a medida coloque a vida da vítima em risco.
O deputado revelou que sua sobrinha, além de sofrer agressões físicas que resultaram na quebra do nariz, está sob constante ameaça, já que o agressor possui conhecimento em artes marciais. "Quando você sabe uma luta, é como se portasse uma arma branca", afirmou. Ele cobrou uma resposta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e pediu apoio dos demais parlamentares para garantir a segurança da vítima e a prisão do agressor.
"Estou aqui pedindo socorro. Se o cara sem nada já fez esse absurdo, o próximo passo será matá-la", alertou Corrêa, mencionando o caso de Vanessa Ricarte para reforçar o perigo que sua sobrinha corre. Ele exigiu que a Justiça tome medidas urgentes para proteger a vítima e garantir que o agressor seja responsabilizado por seus atos.
O crime ocorreu na noite do dia 3 de março, quando o casal retornava da casa de um amigo. A jornalista relatou à polícia que foi agredida pelo ex-companheiro dentro do carro e, posteriormente, em sua residência. Após as agressões, ela acionou a família, que a socorreu e a acompanhou até a delegacia.
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*Com informações Midiamax