Terça, 01 de Julho de 2025

Explosão de casos de dengue em 2025: Brasil ultrapassa 1 milhão de infectados e registra 668 mortes

São Paulo lidera em números absolutos; mulheres jovens são as mais afetadas

17/04/2025 às 17h33 Atualizada em 17/04/2025 às 18h18
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O Brasil vive mais um capítulo alarmante em sua luta contra a dengue. Desde o início de 2025, o país já registrou 1.010.833 casos prováveis da doença, resultando em 668 mortes confirmadas e outras 724 ainda sob investigação, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses. Embora o total de infectados seja inferior ao mesmo período do ano passado — quando o Brasil enfrentou a pior epidemia da doença com mais de 4 milhões de casos —, os números continuam preocupantes, com um coeficiente de incidência de 475,5 casos para cada 100 mil habitantes.

A situação é especialmente crítica no estado de São Paulo, que lidera o ranking com 585.902 casos e um coeficiente de incidência de 1.274. Minas Gerais, Paraná e Goiás também apresentam números expressivos, consolidando o Sudeste e o Centro-Oeste como as regiões mais impactadas.

Perfil da epidemia: mulheres jovens e desigualdade racial

O impacto da dengue em 2025 revela padrões inquietantes. A maior concentração de casos está entre pessoas de 20 a 29 anos, seguida pelas faixas etárias de 30 a 39 e 40 a 49 anos. As mulheres correspondem a 55% das infecções, refletindo uma vulnerabilidade maior deste grupo. Quanto à distribuição racial, brancos (50,4%), pardos (31,1%) e pretos (4,8%) somam a maioria dos casos.

Essa distribuição expõe não apenas questões epidemiológicas, mas também sociais. A desigualdade no acesso a saneamento básico e a informações preventivas contribui para a perpetuação da doença, que afeta de forma desproporcional os mais vulneráveis.

Desafios e urgência no combate

Apesar de os números de 2025 representarem uma redução em relação à epidemia de 2024, o país ainda enfrenta um cenário de extrema preocupação. A alta concentração de casos em estados populosos, como São Paulo, ressalta a necessidade de ações coordenadas entre municípios, estados e governo federal para conter a proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença.

Especialistas alertam que a redução no número de casos em relação ao ano anterior não deve ser motivo de complacência. A combinação de fatores como mudanças climáticas, urbanização desordenada e falhas na gestão pública indicam que a dengue continuará sendo uma ameaça constante à saúde pública brasileira.

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*Com informações R7

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