O reajuste escalonado nos salários da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, da vice-prefeita Camila Nascimento, de secretários e de cerca de 500 servidores do teto municipal custará R$ 95 milhões aos cofres públicos até 2027. A proposta, que será votada em regime de urgência e em sessão única pelos vereadores nesta manhã, tem validade retroativa e prevê reajustes já a partir de fevereiro deste ano.
Pelo projeto, o salário da prefeita passará de R$ 21.263,62 para R$ 26.943,05 em 2023, subindo para R$ 31.912,56 em 2026 e chegando a R$ 35.462,22 em 2027. A vice-prefeita Camila Nascimento também terá aumentos escalonados, com remuneração de R$ 22.334,53 este ano, R$ 27.923,60 em 2026 e R$ 31.915,80 ao final do período. Secretários municipais e dirigentes de autarquias terão subsídios de até R$ 30.142,70.
O reajuste atende reivindicações de categorias como auditores, procuradores, profissionais da saúde e diretores escolares que alcançaram o teto remuneratório. Segundo a secretária de Fazenda, Márcia Helena Hokama, o impacto financeiro do reajuste será de R$ 32,8 milhões em 2023 e R$ 73 milhões em 2024, totalizando R$ 95 milhões em 2027. Para ajustar o orçamento à nova despesa, a Prefeitura adaptará a receita corrente líquida, que deverá comprometer 52,3% em 2027, ainda dentro da média registrada no ano passado.
Tensão entre Executivo e Legislativo
Além do debate sobre os reajustes, a secretária de Fazenda também tratou do veto da prefeita a um projeto que destinaria R$ 8,7 milhões do Fundo de Investimentos Sociais para emendas parlamentares. O veto foi justificado pela mudança na forma de repasse estadual, que agora utiliza convênios em vez de transferências diretas aos municípios. Vereadores e representantes da Prefeitura devem buscar diálogo com o Governo Estadual para discutir alternativas.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Campo Grande News