Em uma declaração que escancarou a postura desrespeitosa de parte da esquerda em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), referiu-se a Bolsonaro como “capiroto” ao criticar as emendas parlamentares durante um evento em São Paulo. A fala ocorreu nesta sexta-feira (9), em um café da manhã com militantes do Movimento Sem Terra (MST) e parlamentares de esquerda.
“A União foi sequestrada pelas emendas parlamentares nesse período anterior, quando o capiroto chegou e entregou o orçamento para ter governabilidade”, afirmou Teixeira, sem citar diretamente o nome de Bolsonaro, mas deixando claro o alvo de suas críticas. A fala ecoou no evento organizado pelo MST, com a presença de deputados do PT, PSOL e PCdoB.
Além do ataque verbal, o ministro reforçou o alinhamento com o discurso polarizado do governo Lula, destacando a necessidade de “recuperar o orçamento” para políticas públicas, mesmo que isso signifique reverter decisões tomadas em gestões anteriores.
A ausência de Lula no evento foi justificada pelo ministro como uma “celebração da vitória contra o fascismo”, em referência à viagem do presidente à Rússia para o 80º aniversário do Dia da Vitória sobre o nazismo. Enquanto isso, aliados de Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro, criticaram duramente a viagem, acusando Lula de “admiração por ditaduras comunistas”.
O episódio evidencia o crescente antagonismo no discurso político e o desprezo com que a esquerda trata o ex-presidente e a direita, alimentando uma retórica que intensifica a polarização no Brasil. O uso de termos depreciativos e a desqualificação do adversário parecem ser a tônica de um debate político que, ao invés de construir pontes, cava abismos.
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*Com informações Metrópoles