A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) selou, nesta terça-feira (10), a entrada em vigor da nova Tarifa Social de Energia Elétrica, que promete zerar a conta de luz para cerca de 4,5 milhões de famílias a partir de 5 de julho. A medida, celebrada como um avanço social, não chega, contudo, sem um custo: os demais consumidores do país deverão sentir um aumento médio de 0,9% em suas faturas para bancar o benefício.
A aprovação unânime da diretoria da Aneel, sob a liderança do presidente Sandoval Feitosa, reforça a visão de que o modelo é o "mais justo" por ser socialmente inclusivo. No entanto, a repercussão da decisão já lança luz sobre o debate acerca dos subsídios e da redistribuição de custos na matriz energética brasileira.
A iniciativa do governo federal, detalhada em Medida Provisória (MP), estrutura-se em dois eixos principais:
A matemática por trás da gratuidade para os mais vulneráveis se traduz em um aumento médio de 0,9% para os consumidores regulares. Para amortecer esse impacto, o governo propõe limitar os descontos em fontes de energia incentivada (renováveis), buscando uma economia de aproximadamente R$ 10 bilhões em subsídios a longo prazo.
Além da reestruturação dos benefícios sociais, a MP introduz uma mudança paradigmática no mercado de energia: a liberdade para que cada consumidor possa escolher sua própria fonte de energia elétrica. Essa medida, que democratiza o acesso ao mercado livre, inclui também os consumidores de baixa tensão (menor consumo).
A migração, porém, virá em fases:
Enquanto o Brasil avança em direção a uma política energética mais inclusiva, o desafio reside em balancear o apoio aos mais necessitados com a sustentabilidade do sistema e os custos repassados a toda a população.
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*Com informações Metrópoles