A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande, realiza nesta quarta-feira (18) uma oitiva crucial para esclarecer irregularidades na gestão. Sob investigação estão Themis de Oliveira, atual diretor-presidente do consórcio, e Paulo Constantino, sócio majoritário das empresas que integram a concessionária.
Desde janeiro, Themis de Oliveira lidera o consórcio, substituindo João Resende, que esteve no cargo por 12 anos. Entretanto, problemas herdados, como veículos sucateados, superlotação e operações sem seguro obrigatório, continuam afetando o transporte público.
Além disso, o consórcio enfrenta críticas por alegar déficits milionários enquanto mantém ações judiciais para aumentar o valor da tarifa. “É inconcebível que uma empresa alegue prejuízo ano após ano, sem soluções claras”, pontuou o presidente da CPI, vereador Lívio Leite (União).
Os vereadores também investigam a falta de renovação da frota e as condições precárias de operação, que penalizam diariamente os usuários do transporte coletivo. Essa fase da CPI encerra a terceira etapa de apuração, com foco em questões administrativas e contratuais.
Na próxima fase, a comissão abrirá espaço para o público em uma audiência na Câmara Municipal. Ex-funcionários, usuários e sindicatos serão convidados para compartilhar suas experiências e contribuir com informações sobre o funcionamento do consórcio.
Composta por vereadores de diferentes partidos, incluindo Ana Portela (PL), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP), a CPI busca esclarecer a real situação financeira e estrutural do Consórcio Guaicurus, além de propor soluções para os problemas identificados.
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