
Uma das figuras que ilustram o primeiro cenário é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid foi preso em maio por suposta fraude no cartão de vacinação do ex-mandatário e é investigado sob suspeita de envolvimento na compra e venda ilegal de presentes oficiais dados a Bolsonaro no exterior.
No ano passado, o governo Bolsonaro convocou as Forças Armadas, a partir do Ministério da Defesa, para integrarem uma comissão de fiscalização das eleições. Um relatório elaborado pelos militares reconheceu, após o segundo turno do pleito presidencial, que não havia evidências de fraudes nas urnas, mas deixou em aberto a possibilidade de irregularidades, sem apresentar indícios concretos.
A pesquisa também indica que decaiu o nível de confiança da população em outras instituições-chave para o funcionamento da democracia no país. O STF (Supremo Tribunal Federal) e a Justiça Eleitoral tiveram resultados piores no novo levantamento do que no anterior.
A pesquisa "A Cara da Democracia" foi feita com 2.558 entrevistas presenciais de eleitores em 167 cidades, de todas as regiões do país, entre 22 e 29 de agosto. O levantamento é financiado pelo CNPq, Capes e Fapemig e é feito pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT), que reúne pesquisadores das universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos e o índice de confiança é de 95%.
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