
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou um momento conturbado durante sua visita oficial ao Chile nesta segunda-feira (5). Ao participar de uma cerimônia para depositar uma oferenda floral no monumento ao general Bernardo O’Higgins, em Santiago, Lula foi vaiado por um grupo de manifestantes presentes no evento. O protesto ocorreu exatamente quando o presidente brasileiro foi anunciado pelo mestre de cerimônias.
A comitiva presidencial incluía ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores), Nísia Trindade (Saúde), Carlos Fávaro (Agricultura) e Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais. Imagens transmitidas pelo canal oficial do governo mostram os ministros tentando identificar os manifestantes, enquanto Lula permaneceu calmo e impassível diante das vaias.
A visita de Lula ao Chile, que se estende até terça-feira (6), tem como foco a discussão de temas de interesse mútuo entre Brasil e Chile, como comércio e questões políticas continentais. Entre os assuntos programados para debate está a crise na Venezuela, um tema controverso que gerou tensão entre Lula e o presidente chileno Gabriel Boric. Boric tem se posicionado fortemente contra a reeleição de Nicolás Maduro, enquanto Lula defende uma abordagem mais diplomática, pedindo transparência nas atas de votação.
Além disso, a visita acontece um ano após uma discordância pública entre os dois líderes sobre a guerra na Ucrânia. Na ocasião, Lula foi criticado por relativizar a responsabilidade da Rússia, o que levou Boric a exigir uma postura mais crítica durante uma cúpula da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Boric afirmou que a posição do Chile é baseada em princípios e criticou a abordagem de Lula na época.
A atual visita de Lula ao Chile é vista como uma oportunidade para alinhar posições e fortalecer as relações entre os dois países. A discussão sobre a crise venezuelana e as repercussões do conflito na Ucrânia serão pontos cruciais nas conversas, refletindo a necessidade de ambos os líderes encontrarem um consenso para enfrentar os desafios regionais.
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*Com informações Terra Brasil