
De acordo com Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, o cenário climático no Brasil está prestes a mudar significativamente. A massa polar que recentemente provocou uma queda acentuada nas temperaturas já se deslocou para o oceano, e a partir desta sexta-feira (16), um bloqueio atmosférico está se formando, impedindo a chegada de novas frentes frias. Esse bloqueio, semelhante aos fenômenos que causaram ondas de calor recentes, favorece a circulação de ventos quentes e contribui para o aumento gradual das temperaturas.
O bloqueio atmosférico, que já se mostrou eficaz em ondas de calor anteriores, deve resultar em um aumento significativo nas temperaturas a partir do sábado (17), com uma tendência de elevação contínua ao longo da semana. Com o final do inverno se aproximando, agosto já começa a apresentar características típicas da primavera, como tardes mais aquecidas. Isso, combinado com a baixa umidade relativa do ar, poderá levar a condições críticas de seca.
A previsão indica que os estados do Centro-Sul do Brasil enfrentarão temperaturas de 5 a 7°C acima da média para o período. As áreas mais impactadas incluem:
Cidades específicas devem experimentar temperaturas bastante elevadas: em Curitiba, as máximas podem chegar a 30°C no domingo (18), enquanto Cuiabá pode registrar até 38°C no mesmo dia. São Paulo deverá ver uma máxima de 31°C, e no Rio de Janeiro, os termômetros podem marcar 34°C. A previsão ainda sugere a possibilidade de novos recordes de temperatura para o mês de agosto, com algumas cidades no Centro-Oeste e norte de Minas Gerais podendo ultrapassar os 40°C.
A nova onda de calor não só elevará as temperaturas, mas também agravará a seca. A umidade relativa do ar pode cair abaixo dos 20% em grande parte do centro do país, afetando especialmente os estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, boa parte do Mato Grosso, Goiás e a parte oeste dos estados do Nordeste. A combinação de altas temperaturas e baixa umidade tornará a retenção de umidade ainda mais difícil.
Com a previsão de dias e noites quentes, é crucial que os residentes dessas regiões mantenham-se hidratados e evitem exposição prolongada ao sol. A umidade do ar será um dos maiores desafios enfrentados, especialmente nas regiões centrais do Brasil.
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