A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, proclamada na manhã de quarta-feira (6), trouxe um alívio para a direita brasileira, que enxerga no resultado um forte indicativo de que o país caminha para um fortalecimento dos movimentos conservadores, especialmente em meio ao cenário eleitoral que se aproxima em 2026.
Tereza Cristina (PP), senadora e ex-ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro, foi uma das primeiras a refletir sobre os impactos da eleição de Trump para o Brasil. Para ela, o pleito norte-americano é um recado claro: "A política mundial está migrando para a centro-direita, e temos de estar atentos aos reflexos disso aqui no Brasil", afirmou. A senadora destacou exemplos como os movimentos políticos na Argentina, Uruguai e Paraguai, que, segundo ela, reforçam a tendência conservadora na América Latina.
Em Mato Grosso do Sul, a vitória de Trump pode ser uma oportunidade estratégica, principalmente para o agronegócio. "A briga de Trump com a China pode abrir portas para o Brasil. Se ele criar barreiras aos produtos chineses, podemos aproveitar essa brecha", disse Tereza Cristina, ressaltando que o Brasil tem a capacidade de se beneficiar dessa nova dinâmica no comércio global.
A senadora também não escondeu suas ambições para as eleições de 2026. Ao lado de outros líderes de direita, ela acredita que o cenário está se desenhando para que a centro-direita ganhe ainda mais espaço. "O nome de Bolsonaro continua sendo o mais forte na direita, mas a disputa por 2026 está aberta, e eu faço parte desse conjunto de nomes", afirmou, reforçando sua postura de articulação dentro do campo conservador.
A trajetória política de Tereza Cristina em Mato Grosso do Sul, onde ela tem sido a principal articuladora da direita, é um reflexo claro de sua crescente influência. A reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP) em Campo Grande, que contou com o apoio direto da senadora, consolidou sua posição como uma das maiores líderes políticas do estado. Sua vitória sobre adversários de peso, incluindo antigos aliados, foi um marco importante para a direita no estado, que continua a dominar a política local.
Além disso, a presença de outros políticos de Mato Grosso do Sul, como o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), também fortalece a narrativa de que a direita está mais viva do que nunca. "A vitória de Trump representa uma vitória contra o terrorismo, contra a agenda progressista, e fortalece os valores da direita tanto no Brasil quanto no mundo", afirmou Nogueira, que vê no resultado uma chance de reverter os rumos da política brasileira.
Os deputados federais Marcos Pollon (PL) e Luiz Ovando (PP) também celebraram a vitória de Trump como um indício de que a direita está ganhando cada vez mais força. Para eles, o retorno de Jair Bolsonaro às urnas em 2026 é uma possibilidade real. Apesar de estar inelegível até 2030 devido a condenações no Tribunal Superior Eleitoral, a esperança de seus apoiadores é que ele consiga reverter sua situação e concorrer novamente.
O impacto das eleições nos Estados Unidos não se limita às políticas internas brasileiras. Segundo analistas, a vitória de Trump reforça o sentimento de insatisfação com a agenda progressista e pode acelerar o crescimento de candidaturas de direita em diversas partes do mundo. Com um cenário político cada vez mais polarizado, os próximos anos podem ser decisivos para o futuro da política brasileira.
Em 2026, o Brasil terá uma eleição crucial, com a escolha de um novo presidente, governadores, bancadas federal e estadual. E, com o cenário atual, a direita, liderada por figuras como Bolsonaro e Tereza Cristina, promete ser uma das forças mais fortes nas urnas. Para os conservadores, a vitória de Trump serve como um termômetro e um indicativo de que a onda de direita que varre o mundo não deve diminuir tão cedo.
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