Quinta, 30 de Janeiro de 2025
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CPI do Transporte Coletivo em Campo Grande: Papy decide futuro da investigação

Com apoio de vereadores, novo requisito busca apurar atuação do Consórcio Guaicurus, mas depende da presidência da Câmara para avançar

30/01/2025 às 11h59
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O destino da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar a atuação do Consórcio Guaicurus no transporte coletivo de Campo Grande está nas mãos do novo presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PSDB). O requisito para a criação da CPI, que busca apurar irregularidades no serviço de transporte público, circula pela Casa e já conta com o apoio de oito vereadores, faltando apenas dois para atingir o número necessário para sua formalização.

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A ideia de instaurar uma CPI para investigar o transporte coletivo na Capital não é nova, mas sempre gerou dificuldades políticas. O serviço tem sido alvo de protestos por parte dos usuários há mais de uma década, e, apesar de diversas tentativas anteriores, a proposta nunca foi apresentada. Agora, lideradas pelo vereador Junior Coringa (MDB), os parlamentares buscam uma abordagem mais contundente.

De acordo com informações apuradas, há um clima de divisão entre os vereadores. Alguns apoiam a investigação, mas ressaltam que o pedido de CPI precisa passar pela presidência da Câmara para ser encaminhado para a Procuradoria, que dará o parecer.De acordo com o vereador Papy, atual presidente, ele não quis comentar sua posição sobre o assunto.

O vereador André Salineiro (PL), que ainda não assinou o pedido, afirmou que, se o fato pretendido for apresentado, ele refletirá o requerimento e integrará a CPI. Salineiro também apontou a falta de uma conversa prévia com a presidência da Casa antes do início do processo, o que gerou estranheza em alguns colegas. “Precisamos unir todas as forças em busca da melhoria do transporte público, e esta será uma das metas dessa legislatura municipal”, declarou.

Outro vereador que já sinalizou apoio à CPI foi Ronilço Guerreiro (Podemos), que, embora tenha recebido os requisitos anteriores, ressaltou que a criação de comissões sem objetivos claros pode resultar em fracasso. “Precisamos de um objeto principal da criação. Mas estou pronto para continuar, como já assinei antes”, afirmou.

O debate sobre a CPI ganhou novo impulso após o aumento na tarifa do transporte coletivo em Campo Grande, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95 em 2025. Além disso, o Consórcio Guaicurus ingressou com uma ação contra a prefeitura , solicitando reequilíbrio econômico do contrato, o que gerou ainda mais insatisfação entre os usuários.

Até o momento, os vereadores que apoiaram o requisito para a criação da CPI são: Ana Portela (PL), Fábio Rocha (União), Jean Ferreira (PT), Marco (PT), Maicon Nogueira (PP), Rafael Tavares (PL). ), Junior Coringa (MDB) e Luiza Ribeiro (PT). Já os vereadores que não aprovaram o documento incluem figuras influentes como Neto Santos (Republicanos), Flávio Cabo Almi (PSDB) e Papy (PSDB), o que reforçam a disputa política em torno da criação da comissão.

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Com a pendência sobre a aprovação do requerimento e a falta de consenso, o futuro da CPI depende agora da postura do presidente da Câmara, Papy, que será o responsável por dar o parecer sobre o pedido. Caso a CPI avance, ela pode se tornar um importante mecanismo de fiscalização sobre o transporte coletivo e o Consórcio Guaicurus, cujas práticas são constantemente questionadas pelos usuários.

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*Com informações Investiga MS

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