O prazo de afastamento dos desembargadores Sideni Sonsini, Wladimir de Abreu, Alexandre Bastos, José Marco de Brito e do conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, Osmar Jerônymo, termina nesta terça-feira (23). A determinação judicial foi imposta após a deflagração da Operação Ultima Ratio, conduzida pela Polícia Federal para investigar possíveis crimes de corrupção e venda de decisões judiciais.
Apesar do vencimento do prazo de 180 dias, a situação dos investigados permanece incerta. A assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) não confirmou se os desembargadores retornarão às funções. Da mesma forma, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), Flávio Kayatt, afirmou não ter informações sobre o caso.
A Operação Ultima Ratio, deflagrada em novembro do ano passado, foi um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, iniciada em 2021. A ação resultou na apreensão de documentos e materiais que indicam práticas como lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas. Foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em cidades como Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá.
Além do afastamento das funções, os investigados foram proibidos de acessar dependências públicas, comunicarem-se com outros envolvidos e tiveram passaportes recolhidos. O desembargador Sérgio Fernandes, também afastado na operação, foi autorizado a retornar às funções em dezembro de 2023, por decisão do ministro Cristiano Zanin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com o fim do prazo inicial de afastamento, o caso volta a levantar questionamentos sobre a integridade das instituições e os desdobramentos das investigações que atingem figuras de destaque no judiciário sul-mato-grossense.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.