O prazo para a entrega do relatório final da CPI que investiga irregularidades do Consórcio Guaicurus foi adiado para o dia 22 de setembro, após reunião a portas fechadas realizada pelos membros da comissão na última sexta-feira (29). A decisão foi motivada pela necessidade de tornar o documento mais detalhado e robusto, segundo a relatora, Ana Portela (PL), que não descarta a entrega antecipada caso o trabalho seja finalizado antes da data estipulada.
Inicialmente, estava prevista uma coletiva de imprensa para esta segunda-feira (1º), mas o encontro foi desmarcado após a reunião de quatro horas do colegiado. O presidente da CPI, Dr. Lívio (União), afirmou que o prazo extra permitirá aprofundar novos apontamentos, inclusive relacionados à situação contábil do Consórcio, sem detalhar o conteúdo. “Fatos novos, a partir da análise da contabilidade, são fatos que precisam de mais detalhamento”, explicou.
O presidente da Câmara, Papy (PSDB), confirmou que houve pequenas divergências entre os membros da comissão, mas destacou que ficou acordado que as opiniões de todos serão incluídas no relatório final. O prazo maior, segundo ele, serve para “outras ideias possam ser adicionadas no documento”.
A CPI do Consórcio Guaicurus, instaurada em abril, ouviu gestores do consórcio, membros da administração pública, ex-funcionários e usuários do transporte coletivo de Campo Grande. As denúncias apontam precariedade da frota e questionam os lucros milionários obtidos pelo consórcio, que alega estar em déficit.
Para garantir a transparência e profundidade da investigação, a comissão contratou assessorias contábeis e jurídicas no valor de R$ 140 mil, permitindo um pente-fino nas contas da empresa. O relatório final poderá indicar indiciamentos, sugerir exonerações, encaminhar crimes ou irregularidades ao Ministério Público, além de recomendar medidas administrativas ou propostas de lei.
A CPI é composta por Ana Portela (PL) como relatora, e pelos vereadores Dr. Lívio (União), Junior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP) como membros. O documento final deve apontar responsabilidades e subsidiar decisões que impactem diretamente o serviço de transporte coletivo da Capital.
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*Com informações Midiamax